Parlamento Italiano Prestação de Contas - Fabio Porta

O ano de 2024 terminou para os italianos no exterior da pior maneira possível: a Lei Orçamentária de 2025 trouxe medidas inéditas e, de certo modo, punitivas contra jovens, aposentados e ítalo-descendentes, que têm como único “crime” serem “italianos residentes no exterior”.

Já escrevi e declarei isso nas semanas anteriores: não é a primeira vez que os italianos no mundo são decepcionados pela Lei Financeira (hoje chamada de “Lei Orçamentária”), e essa decepção já veio de manobras econômicas de governos tanto de direita quanto de esquerda. O que, no entanto, nunca havíamos visto – e destaco o advérbio “nunca” – foi a introdução, nessa importante lei de fim de ano, de medidas injustificadas e opressivas contra os italianos que vivem no exterior, além da multiplicação de taxas para dificultar aos ítalo-descendentes o reconhecimento da cidadania italiana.

A contribuição de 300 euros para os consulados foi duplicada, transformando-se em uma verdadeira “taxa” que permitirá o acesso à cidadania apenas às famílias mais abastadas economicamente. Além disso, aqueles que – devido às longas esperas nos consulados – optarem por recorrer à via judicial ou apresentar seus pedidos diretamente em um município italiano terão, a partir de 2025, uma triste surpresa: a contribuição unificada de 500 euros, pago em 2024 à justiça administrativa por cada recurso em matéria de cidadania, foi elevada a 600 euros e, sobretudo, será aplicada não ao núcleo familiar como um todo, mas a cada integrante da família. O resultado será a necessidade de desembolsar milhares de reais... Saiba Mais > > >